Peres não descarta parar a Libertadores: “Competição desmoralizada”

De acordo com publicação do site Gazeta Esportiva o presidente do Santos, José Carlos Peres, não descarta recorrer a outras instâncias e, se for o caso, paralisar a Libertadores por conta da polêmica envolvendo o jogador Carlos Sánchez. O mandatário criticou duramente a Conmebol e a forma com a qual eles chegaram à conclusão de que o Peixe teria de ser punido por ter escalado o meia uruguaio de maneira irregular.

“Eu não tenho a menor dúvida, vamos direto para o CAS [Corte Arbitral do Esporte], Fifa… lá já tem três processos contra a Conmebol, agora mais um. Vamos parar a competição, se for o caso. A competição está desmoralizada, o clube que cometeu o mesmo erro, depois de oito partidas, foi liberado, e o Santos não é liberado? ”, indagou Peres. O presidente santista também agradeceu à CBF pelo suporte dado para evitar que o clube fosse punido pela Conmebol. Apesar do engajamento da entidade brasileira, de nada adiantou. “Não podemos ser injustos com a CBF, ela nos apoiou desde o primeiro momento, conseguiu que o presidente da Conmebol me recebesse lá no Paraguai. Ele reconheceu que houve várias falhas não só no sistema, mas de procedimento interno.

O delegado [da partida], no caso da Chapecoense, foi antes do jogo no vestiário e disse que o jogador não tinha condição de jogo. No nosso caso, foi o contrário. Temos a gravação em que ele libera o jogador”, prosseguiu. Justamente por isso, José Carlos Peres não tem dúvidas que a decisão tomada pela Conmebol teve influência dos argentinos. “Os argentinos estão dominando a Conmebol, foi um teatro o julgamento de quatro horas e meia. Eles concordaram com tudo o que apresentamos e no final tomaram uma decisão completamente contrária”. Por fim, o presidente do Santos eximiu Carlos Sánchez de culpa e preferiu concentrar suas queixas na Conmebol e nos procedimentos da entidade. “O Carlos Sánchez não tem culpa alguma. Ele tinha uma punição de três partidas, houve uma anistia no centenário da Conmebol, a punição caiu pela metade, foi para um e meio, caiu para um [jogo].

Em maio, alguém entrou no sistema e zerou [a punição]. O que queríamos saber ontem, e o diretor de competições se engasgou todo foi quando perguntamos por 16 vezes quem entrou no sistema e zerou. Alguém tem que alimentar o sistema, nenhum sistema funciona sozinho”, concluiu.

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