''Pesquisa: A história dos cartões no futebol''

 

Com o passar do tempo, o futebol e as suas regras foram se moldando para que o jogo ficasse mais dinâmico e mais justo para equipes, árbitros e também espectadores. A mais recente e impactante dessas mudança foi a adoção do VAR, ou árbitro assistente de vídeo, diante do qual é possível a revisão de lances capitais dentro de uma partida. Dentro desses lances, está a aplicação – ou não – de cartão vermelho a um jogador por entrada faltosa violenta ou ato antidesportivo. Mas como surgiu a ideia de aplicação de um cartão para punição de um jogador? No dia 23 de Julho de 1966, no estádio de Wembley, em Londres, na Inglaterra, durante partida pelas quartas de final da Copa do Mundo, Argentina e Inglaterra (que viriam a ter uma rivalidade ainda maior alguns anos depois por conta da Guerra das Malvinas, em 1982) se enfrentavam, e um fato no minimo curioso ocorreu. O então capitão da seleção alviceleste, Antonio Rattín – que é um dos grandes ídolos do Boca Juniors por ter jogado pela equipe durante 14 anos, e não ter atuado por nenhuma outra – contestou a marcação de uma falta com o árbitro alemão Rudolf Kreitlein, que não entendia nada de espanhol (até aquele momento só havia apitado a partida entre União Soviética e Itália) e decidiu usar o dedo indicador para colocar o jogador para fora, expulsando-o de campo diante da reclamação acintosa feito pelo jogador. Não satisfeito com a expulsão, Rattin pediu tradutor em campo, mas não adiantou: o juiz manteve a expulsão do atleta. Furioso com a expulsão, injusta ao seu ver, ele sentou na cadeira reservada para a Rainha Inglesa, que naquele dia não estava presente no estádio, e ainda alisou uma bandeirinha de escanteio, com a bandeira do Reino Unido hasteada, para insinuar um favorecimento aos britânicos e mostrar toda a sua indignação. Na Copa do Mundo seguinte, a histórica de 1970, no México, passou-se a adotar os cartões. Mas assim como o curioso caso acima, a ideia de se usar o amarelo e o vermelho veio através de uma situação bem peculiar. O então chefe da equipe de arbitragem naquele mundial, o inglês Ken Aston ( que é creditado pela própria Fifa como criador da regra dos cartões) estava a se deslocar de táxi do aeroporto na Cidade do México ao hotel, quando o motorista reduziu a velocidade no momento em que o semáforo ficou amarelo e parou quando acendeu o vermelho dando assim a ideia que ele queria. E o verde do semáforo? Bem, a federação Italiana de Futebol , em 2015, pensou em aplicar em forma de demonstrar agradecimento a um jogador por atitude de fair play; contudo, a ideia ainda não consta no livro de regras do futebol. Constam apenas a do amarelo e vermelho da seguinte forma. Regra 12 na parte disciplinar:  “O cartão amarelo é utilizado para informar ao jogador, ao substituto e ao jogador substituído, que o mesmo foi advertido.” “O cartão vermelho é utilizado para informar ao jogador, ao substituto e ao jogador substituído, que o mesmo foi expulso.” O primeiro cartão vermelho, somente viria a ser aplicado no Mundial seguinte, em 1974 na Alemanha Ocidental o juiz turco Dogan Babacan deu dois amarelos no chinelo Carlos Caszely, expulsando-o de campo. Enquanto que, outra Copa do Mundo na Alemanha, a de 2006, ficaria marcada como a que mais expulsou jogadores: 28. 

                               Por: www.ultimadivisao.com.br
                           
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