Craques para sempre: Evaristo; Macedo - técnico e jogador

*Na Espanha jogou no Barcelona e Real Madrid, no Brasil atuou pelo Flamengo
  

-O dia que Evaristo marcou cinco gols com a camisa da Seleção Brasileira

           Evaristo defendendo a Seleção

-Em 1957, na disputa do Sul-Americano de Seleções (atual Copa América), o Brasil chegou na terceira rodada com duas vitórias na bagagem, uma delas por 7 a 1 contra o Equador. No dia 23 de Março, há cinco décadas atrás, a Seleção Canarinho entrou em campo no Estádio Nacional de Lima para enfrentar a Colômbia. 
    Defendendo o Flamengo



- Os cafeteiros se mostraram um adversário complicado no começo de jogo e até levaram perigo ao gol brasileiro. Aos 26 minutos, porém, Pepe abriu o marcador e o jogo virou um verdadeiro massacre: Evaristo começou seu show marcando três vezes em cinco minutos, entre 40’ e 45’. Na etapa final, Didi foi às redes duas vezes, aos 4’ e aos 14’, com o segundo gol sendo marcado de letra. Perto dos 30’, Evaristo marcou outro. Aos 40’ foi a vez de Zizinho marcar e, nos acréscimos, Evaristo fez o quinto dele naquele mágico dia.

Carioca, ídolo histórico do Flamengo, o artilheiro defendeu o Barcelona entre 1957 a 1962; em seguida, se transferiu ao Real Madrid, onde atuou até 1965, antes de retornar à Gávea. No Camp Nou, Evaristo brilhou nas conquistas dos campeonatos espanhóis de 1959 e 1960 e das Copas da Uefa de 1958 e 1960.21 de out. de 2021
-Foi campeão brasileiro no Bahia como técnico:

Evaristo foi o treinador do Iraque na Copa do Mundo de 86. Entretanto, três anos depois, ele viveu seu melhor momento como treinador e foi campeão brasileiro de 1988 dirigindo a equipe do Bahia. Ele dirigiu o time que foi campeão brasileiro.

   *Atleta de alta performance; aliava a força física a técnica apurada; goleador, jogou no Real Madrid e no Barcelona, no Madureira e Flamengo - treinou o Bangu, América/ RJ, Flamengo, Bahia, Grêmio, Seleção do Iraque na Copa 1986, Sta Cruz, Seleção Brasileira, Flamengo, Vasco, Corinthians, além do Atlético - PR

''Brasileiro, já era um craque antes de Pelé; Evaristo, aclamado na Espanha, não teve boas oportunidades na Seleção, como atleta''

“Com uma forte compleição atlética, era o típico jogador brasileiro de técnica apurada e instinto assassino na cara do gol, com um bom chute com as duas pernas, um cabeceio fatal e uma rapidez e valentia que o fizeram insubstituível no ataque barcelonista durante cinco anos”. 
Esse trecho da minibiografia de Evaristo de Macedo feita pelo Barcelona dá a ideia do respeito que o brasileiro tem na Catalunha. 

- Em 2017 se completam 60 anos que o brasileiro deixou o Flamengo para jogar na Espanha, onde se tornou uma lenda nos dois maiores clubes do país, Barcelona e Real Madrid.

 -Evaristo de Macedo conquistou quatro Campeonatos Espanhóis, duas Taças das Cidades com Feiras (precursora da Liga Europa) e uma edição da Copa da Espanha nos sete anos em que atuou no país ibérico.

 
O atacante chegou na Espanha como uma aposta Josep Samitier, então secretário técnico do clube, e se transformou em um dos maiores artilheiros da história do Barça, com 178 gols marcados em 226 partidas.

 Ele é o brasileiro com mais gols marcados com a camisa do clube – considerando apenas jogos oficiais, ele tem 105 e Rivaldo o ultrapassa com 130. 

- Quando Evaristo trocou o Barcelona pelo Real Madrid, ele se transformou no quarto brasileiro a vestir a camisa merengue, depois de Fernando Giudicelli, Didi e Canário. 

Considerado uma lenda do futebol madrilenho, sua carreira foi menos estrelada do que no Barcelona, mas ainda assim seu “chute habilidoso e grande faro de gol” são exaltados pelo clube. Na entrevista a seguir, Evaristo reflete não só sobre sua carreira, mas sobre a evolução do futebol nos últimos 60 anos, a valorização que tem na Espanha e o fato de, apesar de ser um dos maiores atacantes do Brasil à época, não ter disputado uma Copa do Mundo: 

“Não me arrependo de nada do que fiz e sempre agradeço a Deus pela oportunidades e pelo o que conquistei. Como joguei as eliminatórias de 57, classificando o Brasil para a Copa de 58, me sinto também um campeão”. Como atle teve poucas oportunidades Disputou as Olimpíadas de Helsink-Finlândia em 1952 quando jogava pelo Madureira.

Pela Seleção Brasileira, Evaristo de Macedo não teve muitas chances de jogar. Atuou em apenas 14 partidas, mas deixou sua marca de grande goleador: fazendo oito gols.

Astro do Flamengo em 1957, Evaristo era candidatíssimo a ser um dos 22 jogadores convocados para a Copa de 1958, na Suécia. Integrou o quarteto ofensivo da Seleção até abril de 1957, quando uma transferência mudou totalmente a história. "Fui vendido aos 24 anos para o Barcelona e nunca mais voltei a vestir a camisa da Seleção Brasileira. Uma pena, uma pena..." 

Na Catalunha, recebeu um telefonema às vésperas da convocação final para o Mundial de 1958. "Era o coordenador técnico Carlos Nascimento. Ele me disse: ‘Evaristo, vamos dar início aos treinos para a Copa e a comissão técnica deseja que você solicite ao Barcelona a sua liberação’. Tentei, mas o clube não me liberou. A Espanha não tinha se classificado para o Mundial da Suécia e os clubes de lá resolveram manter o Campeonato Nacional normalmente, sem abrir mão de ninguém." 

Quando informou à antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) a negativa do Barça, Evaristo percebeu a tristeza de Nascimento: "Puxa, rapaz, que pena! O Vicente Feola (técnico) estava ansioso para vê-lo jogar ao lado de um neguinho bom de bola que surgiu lá no Santos".

Evaristo ficou curioso, mas a falta de tecnologia o impediu de bisbilhotar a vida alheia. "Se fosse hoje, com certeza ligaria a TV a cabo ou entraria na internet rapidinho para descobrir de quem ele estava falando. Mas naquela época não tinha nada disso, companheiro! Continuei a minha vidinha lá no Barcelona, do outro lado do Atlântico, sem saber quem era o tal neguinho chamado Pelé", diverte-se o maior artilheiro brasileiro da história do clube catalão, com 78 gols em 114 partidas.

Evaristo não viu Pelé despontar na Seleção por uma questão de meses. Sua última partida com a amarelinha foi contra o Peru, em 21 de abril de 1957, no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa. Exatos 77 dias depois (dois jogos), o garoto saía do banco para substituir Del Vecchio e marcar o único gol verde-amarelo na derrota por 2 a 1 para a Argentina, no mesmo Maracanã, pela Copa Roca.


                    *JORNALISMO SEM FRONTEIRAS

   

PESQUISA: MAGNO MOREIRA


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