A Camisa dez e sua emblemática significância
Certamente, em alguma circunstância da vida, nós já vimos o número 10 ser associado a algo positivo. Mas você já se perguntou o por quê? Vivemos em um mundo relativamente simbólico, onde tudo que nos cerca representa um significado. Na coluna Dicionário do Futebol dessa semana, desvendaremos as vertentes do termo Camisa 10.
ENTENDENDO O NÚMERO 10
Antes de nos aprofundarmos a fundo no protótipo, é necessário saber primeiramente, o porquê de a numeração estar relacionada à alcunha. Posteriormente, se pesquisarmos em qualquer dicionário convencional, descobriremos que a soma em questão, é formada pelo número 1 (um), que significa unidade, início e iniciativa.
Enquanto isso, o número 0 (zero), simboliza o poder divino, além de ser composto por um círculo, que é caracterizado como infinito, que se traduz em perfeição. Agora que já compreendemos a positividade do número 10, vamos associa-lo ao nosso tão querido futebol.
-Na Copa do Mundo de 1958, havia uma tendência de valorização à camisa 5, principalmente em solo Europeu, onde muitos craques a vestiam. Em contrapartida, no Brasil a história era diferente, onde os números sequer eram usados.
Não havia uma distinção de jogadores usando a 8 de um, ou a 9 de outro. Eram apenas números aleatórios. Alguns craques consagrados, como Leônidas, Heleno, Zizinho e Didi vestiam sem a menor importância o que podemos chamar de camisa “lisa”. Sobretudo, isso ocorria por conta da distribuição tática, que na época era composta por um 2-3-5.
De exemplo, temos o Santos, que por muito tempo usou o zagueiro pela direita com a camisa 2, os laterais esquerdo e direito com a 3 e 4, respectivamente, e o primeiro homem de meio-campo com a 5. Simultaneamente, o zagueiro, anteriormente meio campista, agora 4º zagueiro, usava a 6, o ponta direita a 7, e assim por diante. Geralmente, o 10 era do meia esquerda, assim formando uma distribuição tática de 2-3-5.
Na Copa daquele ano, após um sorteio, Pelé ficou com a camisa 10 por uma casualidade do destino. Assim como no Clube da Vila, os titulares da Seleção Brasileira, também não tinham números fixos e sim convencionais. Nesse ínterim, dada as definições, com apenas 17 anos, Pelé ficou com a 10, até então apenas um número qualquer.
Contudo, sua atuação absurdamente fora de série, fizeram com que a numeração ganhasse um peso surreal.
Em suma, foram jogos decisivos, onde o jovem garoto marcou o único gol da Canarinho na vitória em 1 x 0 diante a Seleção de Gales.
Logo em seguida, novamente se destacou, dessa vez diante a França, onde marcou três tentos.
Seu potencial era admirável e na grande final, se consolidou de vez ao marcar duas vezes diante a Suécia, assim eternizando a Camisa 10. Após o êxito, a veste nunca mais foi a mesma e se tornou um paradigma de emblema principal.
*FUTEBOL NA VEIA
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