Magno Moreira na Praia da Macumba no Rio e o encontro com Maria Fulô
Evidente que não se vê sempre alguém deixar seu clube preferido e ir torcer para outro time, sobre essa questão eu tenho aquela história interessante sobre uma viagem que esse intrépido e incauto blogueiro fez ao Rio de Janeiro em 1996, estava eu na Praia da Macumba quando vi atravessando a Avenida Paulo Tapajós uma jovem morena de camiseta vermelha, encontrei me com ela próximo da orla, depois a jovem que vestia a camisa do América, se aproximou e começamos conversar, ela me disse chamar se Maria, me lembro de que a tal mulher que descobri depois ser uma respeitada Ialorixá, mãe de terreiro, iyalorixá, iyá, ialaorixá, era uma respeitada mãe de santo do morro da Mangueira, sobre futebol ela me disse que torcia para o América , o clássico time carioca de muitas glórias.
Depois de dizer a ela que era torcedor do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e não era torcedor para o time da minha cidade, Maria estendeu seu braço com dezenas de pulseiras de candomblé no meu ombro e cochichou ''Suncê nunca vai vê home nenhum mudá de time, ele inté pode mudá de muié , de igreja, religião de marca de cerveja e jamais vai mudá de time!'' sentenciou me e depois saiu de fininho sem me convidar para conhecer seu abaitolar, fiquei sozinho vendo os surfistas desafiando as ondas e levando caldos de água salgada quando me lembrei de uma música do mestre Sivuca, regravada pelos mutantes, na medida que a tal mulher se distanciava da orla comecei cantarolar -
''Adeus, vou me embora meu bem,
Chorar não ajuda ninguém, Enxugue seu pranto de dor,
Que a seca mal começou. Adeus, vou me embora Maria, Fulô do meu coração,
Eu voltarei qualquer dia, E só chover no sertão. E os dias da minha volta, Eu conto na minha mão, Adeus Maria Fulô, Marmeleiro amarelou,
Adeus Maria Fulô, Olho d'água estorricou.''
por Magno Moreira, 2018 atualizado em 2019
Depois de dizer a ela que era torcedor do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e não era torcedor para o time da minha cidade, Maria estendeu seu braço com dezenas de pulseiras de candomblé no meu ombro e cochichou ''Suncê nunca vai vê home nenhum mudá de time, ele inté pode mudá de muié , de igreja, religião de marca de cerveja e jamais vai mudá de time!'' sentenciou me e depois saiu de fininho sem me convidar para conhecer seu abaitolar, fiquei sozinho vendo os surfistas desafiando as ondas e levando caldos de água salgada quando me lembrei de uma música do mestre Sivuca, regravada pelos mutantes, na medida que a tal mulher se distanciava da orla comecei cantarolar -
Chorar não ajuda ninguém, Enxugue seu pranto de dor,
Que a seca mal começou. Adeus, vou me embora Maria, Fulô do meu coração,
Eu voltarei qualquer dia, E só chover no sertão. E os dias da minha volta, Eu conto na minha mão, Adeus Maria Fulô, Marmeleiro amarelou,
Adeus Maria Fulô, Olho d'água estorricou.''
por Magno Moreira, 2018 atualizado em 2019
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