Evaristo, o craque brasileiro que marcou cinco gols com a camisa da Seleção numa só partida
Na opinião desse incauto e intrépido blogueiro o torcedor brasileiro não valoriza seus ícones do futebol como deveria,o Pelé, se já estivesse morando no céu seria ainda maior do que é, Garrincha se estivesse por aqui talvez enfrentasse o descaso e a ingratidão do torcedor brasileiro. Evaristo é um exemplo similar, pouca gente conhece a história desse brasileiro que foi um dos mais importantes futebolistas do planeta , tendo jogado no Real Madrid e no Barcelona.
Entre tantos craques que passaram pela Seleção, quis o destino que um dos recordes mais notáveis permanecesse com alguém que pouco vestiu a camisa amarela.
Evaristo de Macedo foi um dos melhores atacantes de seu tempo. Não à toa, deixou o país quando tinha apenas 24 anos, para compor uma mítica linha de frente no Barcelona ao lado de Kubala, Kocsis, Czibor e Luis Suárez. No entanto, a transferência acabou por minar as suas chances na equipe nacional.
O atacante chegou à Gávea às vésperas de tempos gloriosos, com a conquista do segundo tricampeonato carioca dos rubro-negros. Reserva em um primeiro momento, cavou seu espaço no timaço justamente durante as campanhas, tornando-se inquestionável a partir do segundo dos três títulos, em 1954. Foi o vice-artilheiro da campanha, com 13 tentos. A ascensão de Evaristo não permitiu que ele disputasse a Copa do Mundo de 1954. Entretanto, em 1955 ele ganhou a primeira oportunidade na seleção principal.
Chamado por Zezé Moreira, participou de um amistoso contra o Chile. Ao mesmo tempo, arrebentava no Flamengo. Também foi um dos destaques no Carioca de 1955, que completou o tri do Fla, anotando o gol da vitória em um dos jogos decisivos contra o America. O goleador voltou a ser convocado em abril de 1956. Fez uma excursão com a Seleção para a Europa, em série de amistosos contra sete seleções relevantes do continente. Esteve em campo quatro vezes, mas passou em branco. No início de 1957, Evaristo deu um impulso significativo a sua fama internacional na famosa excursão do Honvéd pelo Brasil.
O atacante foi o grande destaque rubro-negro nos duelos com o esquadrão húngaro, a ponto de marcar mais gols que Ferenc Puskás, nove a oito nas contas pessoais. E a ótima forma valeu a confiança de Osvaldo Brandão, dois meses depois, para participar do Campeonato Sul-Americano, a atual Copa América. Vestiu a camisa 9. Jogador de extrema inteligência, Evaristo podia ser escalado em diferentes funções no ataque, embora costumasse se posicionar de maneira mais centralizada. Além disso, combinava qualidade técnica e um bocado de potência física, letal quando tinha a bola nos pés.
Titular ao lado de feras como Didi, Zizinho e Pepe (Garrincha era reserva do santista e costumava entrar no segundo tempo), Evaristo de Macedo começou a fazer estrago contra o Equador, no segundo jogo da campanha. Balançou as redes três vezes na vitória por 7 a 1. Pois o melhor viria apenas três dias depois, no duelo com a Colômbia no Estádio Nacional de Lima, em 24 de março de 1957 – data que algumas fontes erroneamente apontam como 23 de março, algo refutado pelos jornais da época. Embora tivessem vivido no início da década o ‘El Dorado’ em seu campeonato nacional, os Cafeteros eram mero coadjuvantes no continente e tinham causado enorme surpresa com o triunfo por 1 a 0 sobre o Uruguai na segunda rodada. Fogo de palha.
O Brasil levou o jogo a sério e estabeleceu aquela que é, ainda hoje, a maior goleada já sofrida pelos colombianos: impiedosos 9 a 0, com apenas craques balançando as redes. O camisa 9 fez os seus cinco, enquanto Pepe, Didi e Zizinho completaram o massacre.
Evaristo e a carreira de treinador
Como técnico, ele dirigiu outras importantes equipes do futebol brasileiro. Algumas delas foram: Flamengo, Vasco da Gama, Bangu, Bahia, Grêmio, Corinthians, Santa Cruz, Vitória, Atlético Paranaense e Cruzeiro. Como técnico da Seleção Brasileira, Evaristo de Macedo não teve muito sucesso. Dirigiu a equipe em 1985, pouco antes das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, no México, levanto a seleção brasileira à Copa do Mundo FIFA de 1986 mas acabou sendo substituído no cargo por Telê Santana. Foi o treinador do Iraque na Copa do Mundo de 1986.
Entretanto, três anos depois, ele viveu seu melhor momento como treinador e foi campeão brasileiro de 1988 dirigindo a equipe do Bahia. Ele dirigiu o time que foi campeão brasileiro. A equipe-base do Tricolor baiano tinha: Ronaldo; Tarantini, João Marcelo, Claudir e Paulo Róbson; Paulo Rodrigues, Gil, Bobô e Zé Carlos; Charles e Marquinhos. No Grêmio, ele foi campeão da Copa do Brasil de 1997, justamente sobre o Flamengo, clube que defendeu como jogador. A equipe-base do Grêmio era: Danrlei; Arce, Rivarola, Mauro Galvão, Roger; Dinho, Emerson, João Antônio, Carlos Miguel; Dauri e Paulo Nunes.
Pesquisa - Magno Moreira
Fonte - Trivela
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